Você sabe o que é Planejamento Estratégico (PE)? E Planejamento Estratégico Pessoal (PEP)?
Como alguns de vocês sabem, sou graduanda em Administração de Empresas. No curso, o PE costuma ser um assunto frequentemente abordado e, desta forma, bastante presente no meu dia a dia. O PEP, por sua vez, é algo que tenho construído e que considero muito importante no auxílio ao atingimento de metas que estabeleço para a minha vida.
Por isso, resolvi abordar o assunto aqui com vocês. Farei uma série de três posts, sendo este o primeiro, para que você possa planejar melhor sua vida também.
Introdução
Todos nós fazemos algum tipo de planejamento em diferentes momentos da vida. O planejamento, por si só, nada mais é do que organizar objetivos e atividades. Seu grande segredo fica no nível de detalhamento construído. É importante pensar no que você quer, como você quer e em tudo que pode interferir na busca pelo objetivo. Parece complicado, principalmente quando se trata de pensar nas várias possibilidades, situações e barreiras que podem surgir no meio do caminho. Como um antigo professor dizia, “pensar faz doer o estômago”, porém, é fundamental.
O planejamento torna as coisas mais claras e compreensivas. (Claro, Camila, depois de pensar e repensar umas mil vezes, se não ficasse mais fácil é porque tinha alguma coisa errada, não é mesmo?) Com ele, portanto, fica mais fácil definir com maior certeza um caminho a seguir. Ele explica e registra o que e como você fará o que precisar ser feito para seu objetivo ser alcançado. É o que você fez, por exemplo, ao organizar uma festa de aniversário, uma viagem ou qualquer atividade que tenha tido um objetivo final.
Planejar não precisa ser difícil. Além disso, com o tempo e a prática, tende a ficar mais fácil, prometo (falo por experiência própria).
O Planejamento Estratégico
E quanto ao termo “estratégico”, Camila? Eu sei que ele, quando posposto ao termo “planejamento”, pode causar estranhamento à primeira vista em algumas pessoas. Tem gente que acredita se tratar de algo difícil, técnico ou distante de sua realidade. Outros acreditam que pode apenas ser aplicado no meio empresarial. Entretanto, estabelecer metas e atividades é algo simples e que pode (leia-se: deve) ser aplicado em todas áreas da vida. Inclusive, e especialmente, nas mais pessoais.
Além disso, você provavelmente já elaborou um PE sem saber.
Você já utilizou alguma estratégia – e ainda vai utilizar várias vezes durante a vida. A estratégia é apenas uma forma de se chegar a um determinado fim desejado. E ela está mais próxima de nós do que parece; é ela que você usou para convencer sua mãe a comprar o que você queria todas as vezes no supermercado, por exemplo.
Planejamento Estratégico Pessoal: o que é e por que é importante?
Durante nossa vida, recebemos diversas oportunidades interessantes vindas de todos os lados, sejam elas quais forem. Adicionalmente, temos também os nossos próprios desejos, vontades e aspirações – casa própria, viagem dos sonhos, cargo na empresa que sempre desejou, reconhecimento profissional, entre outros. É normal que, muitas vezes, ficamos sem saber o que fazer primeiro, como fazer e, ainda, o que queremos. É justamente neste momento que o PEP entra em cena: ele nada mais é do que qualquer atividade de elaboração de planos para o atingimento de determinada meta no âmbito pessoal.
O PEP funciona como uma “arma” contra a desorganização, a inércia, a procrastinação, a indecisão, e até mesmo contra a ansiedade e a inquietação – sensações que podem revelar falta de propósito e direção na vida. Ele nos possibilita responder várias questões importantes, dentre as quais estão: o que é prioridade neste momento na minha vida? Como fazer? Que rumo tomar na vida de uma perspectiva mais ampla? Como tomar decisões mais acertadas?
Mas, calma: para elaborar um PEP, você não precisa saber exatamente tudo o que quer fazer para o resto da sua vida. É praticamente impossível saber tudo que você quer fazer para o resto da vida. (Se isso fosse necessário, sinceramente, eu estaria totalmente perdida, pois não faço ideia de muita coisa.)
Qualquer coisa pode ser planejada independente de quaisquer dúvidas que possamos ter. No meu caso, por exemplo, não faço ideia de onde quero estar morando ou em qual empresa pretendo trabalhar daqui a 10 anos. Porém, eu sei que quero fazer um curso no Canadá assim que me formar. Desta forma, eu posso (e devo) desenvolver um PEP para que isso aconteça. Planejar até mesmo as “pequenas” coisas é extremamente importante, pois é o que vai te fornecer autoconfiança para planejar cada vez mais.
Mi, e se o meu planejamento der errado, devo desistir? De forma alguma! Não podemos esquecer que somos humanos, não deuses, e, portanto, estamos sujeitos a errar. A menos que seu planejamento envolva saltar de um avião sem paraquedas e apenas com um colchão para amortecer sua queda, você pode errar. E vai errar, lamento informar. Estamos sempre errando. Mas não tem problema! Por mais clichê que a afirmação seja, é errando que se aprende. As coisas nem sempre dão certo e precisamos aprender a conviver com isso. A diferença é que, sem um planejamento, as chances de que as coisas não aconteçam do jeito que queremos aumentam.
Além disso, outro aspecto bastante importante sobre o planejamento, seja ele pessoal ou não, é que ele não é estático, mas, sim, adaptável. Se alguma coisa mudar no decorrer do tempo e impactar no planejamento, não se preocupe. Pense em sua nova realidade e adapte da forma que achar melhor.
Como elaborar um Planejamento Estratégico Pessoal?
Como meus professores dizem, “já que vocês estão aí quase dormindo, é hora de trabalhar”. Vamos colocar em prática esse tal de Planejamento Estratégico Pessoal? Vamos!
O processo de elaboração do PEP é relativamente longo, pois envolve um número grande de variáveis e questões que precisam ser consideradas. Não seria prudente desenvolver tudo em um mesmo post, então, como disse anteriormente, optei por dividir o assunto em três posts para vermos tudo com calma. O segundo post será postado nesta quarta, dia 10, e o terceiro na sexta, dia 12.
Vamos começar?
Para dar início à elaboração do seu PEP, a primeira questão que deve ser respondida é: quem você é?
Descobrir quem somos não é tarefa fácil, pois exige uma grande capacidade de autoconhecimento e autoanálise. É nesta etapa do processo que definimos nossa missão de vida, nossos valores, nossos pontos fortes e fracos, assim como oportunidades e ameaças.
- Nossa missão de vida não precisa ser algo extremamente elaborado e complexo. Ela deve apenas deixar claro quem somos ou esperamos ser. A minha missão é tornar a vida das pessoas ao meu redor melhor do que seria se eu não existisse. Simples e complexo ao mesmo tempo.
- Nossos valores são transmitidos para nós dentro de casa, através de nossa família. Honestidade, lealdade, solidariedade, trabalhar para conquistar o que deseja, entre outros. Para mim, um dos mais importantes é o respeito. Se você não consegue respeitar outras pessoas, não pode esperar que elas respeitem você, seu modo de vista e até mesmo suas conquistas. É sempre bom lembrar que a sua liberdade termina onde começa a do outro e, na minha opinião, só aprendemos e entendemos tal conceito por meio do respeito.
- Para conhecermos e analisarmos os pontos fortes e fracos e também as ameaças e oportunidades de uma empresa, utilizamos uma ferramenta chamada análise SWOT ou FOFA, se traduzirmos para o português. Porém, o fato de ela ser utilizada no meio empresarial não impede que seja usada no campo pessoal.
- Encontrar e definir nossos pontos fortes é algo relativamente fácil, não acham? Eles são pontos nos quais somos bons. Sou uma pessoa legal, amiga, companheira, estudiosa, e assim por diante. (É sério.)
- Nossos pontos fracos, por sua vez, podem ser difíceis de encontrar se você considerá-los como defeitos pessoais. Eu não vejo problemas com a palavra defeitos, mas, se você preferir, pense nos seus pontos fracos como aspectos que precisam ser melhorados. Por exemplo, dois dos meus maiores problemas são a teimosia e o fato de ser brava e irritada. Porém, apresento outras características que, acredito, possam influenciar negativamente na busca de um de meus objetivos, que é a viagem para o Canadá (já mencionada aqui no post): a maldita timidez e a dificuldade de acreditar que sou realmente boa em algo que dizem que sou. É algo que me trava bastante. Preciso, desta forma, agir para melhorar.
- As oportunidades são todas as coisas que possam influenciar de forma positiva na sua vida. No meu caso, minhas oportunidades são, entre outras, o aprimoramento de outro idioma, acesso à qualificação na minha área profissional, qualidade de vida. Quem sabe até conseguir um emprego no Canadá, não é mesmo? A gente pode sonhar, haha.
- Já as ameaças são as situações que podem impactar negativamente no desempenho pessoal. Para mim, a maior ameaça está na questão financeira. Se a situação atual do país se agravar, pode ser que minha viagem fique inviabilizada. (Torçam para que isso não aconteça!)
Clique aqui para acessar o segundo post da série e continuar a elaborar seu PEP.
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Camila respondeu:
Escrevendo o post, me senti A administradora (vamos ver se isso continua nos próximos posts haha).
Tá certa, é sempre bom dar uma olhadinha de novo, sempre tem alguma mudança para ser feita (experiência própria!) haha.
Muito obri pelos elogios, Bruninha!
Besitos :*
Ps: Vou ficar com essa música na cabeça pro resto do dia, thank you very much, sis! kk